Vídeo: Lava de vulcão avança e chegada ao mar pode gerar nuvens tóxicas
A lava que jorra de um vulcão na ilha espanhola de La Palma danificou
mais de 300 construções, entre elas centenas de moradias, à medida que a rocha derretida se dirige ao mar.
Cerca de 6.000 pessoas foram obrigadas a deixar a região das Ilhas
Canárias às pressas para fugir do caminho da lava que jorra do vulcão Cumbre
Vieja desde domingo.
A área mais crítica, por onde passa o magma, fica na parte sudoeste da
ilha.
Imagens captadas por satélite, e divulgadas pela Agencia Estatal de
Meteorologia da Espanha (Aemet), mostram o caminho feito pela lava desde o
último dia 19.
A imagem abaixo aponta, em vermelho, a amplitude do fluxo na ilha no
início da erupção, no domingo. Em amarelo, mostra como três dias depois a lava
já havia se espalhado por um território maior na terça-feira (21).
A lava provavelmente chegará ao oceano, embora não se saiba exatamente
quando isso vai ocorrer. Tudo depende da velocidade do fluxo, que diminui à
medida que ela esfria e atravessa terrenos mais planos.
Para proteger a população, as autoridades intensificaram o sistema de
proteção civil e o perímetro de interdição no litoral foi ampliado para evitar
que as pessoas se aproximassem do local.
O encontro do magma com o oceano é monitorado de perto por causa de uma
perigosa reação química gerada pelo contato do fluido com a água salgada. Esse
contato "pode gerar explosões e
emissão de gases nocivos", segundo as autoridades do Plano de
Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca).
Uma imagem de satélite, divulgada pelo Instituto Geográfico Nacional
(IGN-CNIG), mostra como a fluido (mancha vermelha) está se aproximando do mar.
Destruição
Segundo as autoridades, a área mais afetada da ilha, por onde passa o
magma, fica na zona sudoeste.
Celia Dianas, que atua no setor de aluguel de imóveis para turistas,
conta à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, que uma dezena de amigos e
funcionários lhe dizem que "querem chorar" por causa do trauma ou
porque perderam um imóvel.
"Os prejuízos ultrapassam os 400 milhões de euros (quase R$ 2,5 bilhões)", disse nesta terça-feira (21) o chefe do governo das Canárias, Ángel Víctor Torres Pérez. Segundo ele, a União Europeia destinará um fundo de recuperação para a região atingida.
Embora a situação agora esteja sob controle, tudo pode mudar com o
passar dos dias.
"Estamos apenas começando, essas são as fases iniciais da erupção, ainda há um longo caminho a percorrer", diz José Mangas, professor de geologia da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria.
"Numa erupção estromboliana como a que temos agora em La Palma, dois dias não são nada, porque nas erupções históricas que tivemos aqui, do século 15 até agora, duraram um, dois ou três meses."
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